Biblioteca do STO - Salão Rev. Daniel Serenado

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KOINONIA!

POESIA !



       “A SECA”
                      (Ademir Carneiro de Oliveira)

Num exótico cenário    
De cactos e sol ardente        
Silenciosa, a fome
Mata mais que a enchente                     
            
                        Agreste é o meu sertão
                        Valente é o cidadão
                        Que se aventura
                        Ao trabalho a vida dura
Quantas bocas famintas
De fome, de sede, de integração
Olhos distantes, chapéu-de-palha
E pés no chão.
                        Defronte ao casebre
                        Magrelas as crianças são
                        Brincando de cavalo-de-pau
                        É a única distração...
Mulheres despidas de vaidade
Ao céu murmuram uma oração
Em busca da chuva que não cai
Rumo ao riacho vão...

                        Terra rachada e pés sujos,
                        Esperança esgotada, trouxa na mão
                        Silenciam ao cair da noite
                        Entre lamparinas e lampião.

Ao longe, ouvem-se as rezadeiras
Lágrimas molhando o chão
Em meio a velas e terços
Toadas ao Padre Cícero Romão...

                       Privados da verdade...
                       Almas que anseiam pela cruz,
                       Solução desinteresse de poderosos
                       Entregue nas mãos de Jesus!
Poesia classificada no 6º Lugar em 1997.
Grêmio Literário José Mauro de Vasconcelos
Centro Cultural de Bangu - RJ.
Também faz parte da
Segunda Antologia da AELB em 2013.

"VIVA O AMOR"            
                              (Ademir Carneiro de Oliveira)     
 
Não desperdice seu tempo,

Numa busca frenética do amor!

Ele está dentro de cada um de nós.
Acontece sempre...
 
Quer nos devaneios da juventude;
Quer na sabedoria da maturidade...
Ele brota como fruto do bom viver!
Para alguns, uma florzinha roxa;
Para muitos, coisas dos sábios...
 
O Poeta adverte:
 
“Quem sabe faz a hora...”
Mas, “É preciso saber viver!”
Feliz aquele que o encontra de verdade,
No ideal da reciprocidade,
 
Para vivê-lo com toda intensidade.

Diz-se: achou a sua cara metade...

Se ainda não encontrou, não se perca!
Um dia ele vem...
O amor é o tempero da vida!
Se o encontrar, segure-o.
É lindo como o desabrochar

De um sorriso espontâneo,
E o olhar de quero muito mais...
Brota como o despertar de uma flor,

Livre como o voo de pássaros...
Não o sufoque, nem o aprisione!
Desfrute-o, enquanto dure.
Sustente-o para durar...
E, viva!